História

História

Corre na tradição popular que a origem do nome de Maiorca acompanha o denominativo nome de Montemor-o-Velho.

Reza a lenda da grande rivalidade que existia entre os habitantes das duas localidades, por cada uma considerar a sua terra como o sítio mais elevado. 

Assim, e gritando os de Montemor do alto do seu castelo “Monte…mor! Monte…mor! E os de Maiorca respondiam a despique, Maior…Cá! Maior…Cá!

Explicação mais credível parece ser a etimológica, segundo a qual o topónimo resulta da junção dos vocábulos árabes mal (muito) e Horca (apertado).

Assim se caracteriza Maiorca: uma ínsua apertada entre os rios Foja e Mondego.

A sua história é projectada a limites de povoamentos fenícios, romanos e árabes. Foi uma vigaria do Cabido da Sé de Coimbra. 

Foi couto da Universidade de Coimbra e sede do concelho com juiz ordinário, vereadores e almotacés, desde 1834 até 1853, data a partir da qual integrou o concelho da Figueira da Foz.

Segundo a crónica da ordem dos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho, Maiorca teria sido doada como vila, a Santa Cruz de Coimbra, pela Rainha D. Dulce, mulher de Sancho I, em atenção ao seu confessor, D. João Frois, que era prior do convento. Este dar-lhe-ia foral em 1194. 

Constituiu, até ao início do século XIX, o couto de Maiorca. 

Tinha, em 1801, 2 613 habitantes. Foi sede de concelho até 1855.

Era constituído pelas freguesias de Alhadas, Brenha, Ferreira-a-Nova, Maiorca e Quiaios. Tinha, em 1849, 12 846 habitantes.

A área do antigo concelho correspondia à zona norte do actual município da Figueira da Foz. 

Mais recentemente, foi elevada a Vila pela Lei 62/95, publicada em diário da República, I Série A, nº 200 de 30 de Agosto de 1995.

Padroeiro:

Divino Salvador

Lenda da origem do nome de MAIORCA

O nome Maiorca provém da língua árabe, mais concretamente das palavras mal, significando "muito", e horca, significando "apertado". 

Esta designação foi utilizada devido à localização original da povoação, apertada entre dois braços do rio Mondego.

A tradição popular adoptou uma lenda para explicar o nome do povoado. De acordo com esta lenda, os habitantes de Montemor-o-velho afirmariam, do cimo do seu castelo, que o monte onde este se encontra edificado era o maior da região, ao que os habitantes de Maiorca responderiam, em referência ao seu próprio monte, "maior cá". 

Vendo esta disputa de fora, a população de Verride diria "vede e ride".

 

Tradições

Maiorca… “tiveste o FORTE DAS BELAS tiveste a Beira Alta…” quantas pessoas de Maiorca já não cantaram esta canção. 

Na passagem do século XIX para o século XX existiram duas associações: o Forte das Belas e a Beira Alta. 

Queremos homenagear todas as associações desta Vila e os homens e mulheres que se dedicaram a reavivar e perpetuar no tempo tradições, usos e costumes. 

Traduzimos essa homenagem mostrando o FORTE DAS BELAS, que existiu nesta freguesia pelo menos desde 1897 até 1915. Deste período existe também uma bandeira na União Filarmónica Maiorquense. 

Sem sede e erigido uma vez por ano junto ao Palácio do Conselheiro Lopes Branco, esta associação tinha o Rancho do Forte das Belas que rivalizava com o rancho da Beira Alta que levantava o seu pavilhão no Largo Actor Dias.

O povo e a nobreza saía à rua para se juntarem em dias de muita festa, como hoje se realiza em Maiorca.

No mesmo mês de Agosto, mas com uma diferença de 100 anos, voltamos a juntar a população de Maiorca para a festa. 

Concluímos, portanto, que mudam-se os tempos e as vontades mas as instituições continuam numa permanente procura da preservação dos usos e costumes de outros tempos.

É que, uma identidade forte pode proporcionar um futuro melhor, e só podemos ter uma identidade forte se conhecermos o passado. 

 

E é igualmente importante que os jovens respeitem e valorizem a memória colectiva que chegou até nós e que a saibam transmitir para o futuro.

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